"Gosto de cirurgias desafiadoras e complexas.
O desafio é o que move a vida.”

Aos 17 anos prestei 4 vestibulares para faculdades públicas de medicina, sendo aprovado nas 4.

Na UFES obtive 3 lugar de medicina e 5 lugar geral do concurso, na UNIRIO obtive a 5 colocação e na UFF a 22 colocação, ainda sendo posteriormente aprovado na UERJ.

Escolhi para minha Alma Mater a Universidade Federal Fluminense (UFF). Nessa época não fazia a mínima ideia do que era medicina, mas no trote já sabia o que queria fazer: “Ser Cirurgião”.

Ouvi dizer na época da escolha das universidades que a cadeira de Anatomia Humana na UFF era muito boa e achei que isso poderia me ajudar a “Ser Cirurgião”. Típica escolha não muito pensada de adolescente que no geral dá errado. Porém, por sorte, essa foi uma escolha muito bem acertada.

Fui durante quatro anos da faculdade monitor bolsista de Anatomia Humana e chefe dos monitores de Anatomia. A paixão pela Anatomia Humana e dissecção de cadáveres me deu uma base sólida para a Cirurgia do Trauma que praticaria por anos posteriormente e para a Cirurgia Ginecológica de alta complexidade que exerço hoje.

Ainda na UFF fundei e fui presidente da primeira Liga Acadêmica de Cirurgia da instituição – LiAC UFF. 

Em 2013 termino a faculdade e presto concurso de residência para Cirurgia Geral em 7 concursos, obtendo aprovação em todos além de 2 primeiros lugares.

Escolhi o Hospital Federal de Bonsucesso que era para onde todos que desejavam ser “Cirurgiões Gerais de Cirurgia de Grande porte” íam na época, sendo aprovado em 5 lugar no concurso da SES-RJ.

Nessa época nem imaginava que faria outra residência, ainda mais Ginecologia e Obstetrícia…

 

Após a primeira residência, trabalhei um tempo como Cirurgião Geral, morei fora do país, aprendi outras línguas. viajei e espaireci para ter energia para o projeto que já tinha em mente há algum tempo: 

Voltar aos estudos e fazer outra residência, dessa vez Ginecologia e Obstetrícia.

Prestei 5 concursos, dessa vez sendo classificado em primeiro lugar em todos. No maior concurso do estado (UFRJ), obtive além da primeira colocação em Ginecologia e Obstetrícia o segundo lugar geral do concurso dentre todas especialidades.

Escolhi para minha formação o Hospital de maior volume e complexidade cirúrgica em Ginecologia da Rede Federal do Rio de Janeiro, o Hospital Federal de Ipanema.

A coisa mais importante dessa trajetória?

Ao ter ingressado em boas instituições ter convivido com professores e colegas muito interessados e dedicados ao que faziam.

Além do conhecimento e experiência objetivamente aprendidos, também foi nessas instituições que tive os bons exemplos de profissionais para modelar e me inspirar.

Aprendi que o nome das instituições e seu espaço físico não importavam tanto quanto acreditava na minha juventude.

Importam as pessoas que estão naquele ambiente. Importa quem você escolhe como bom exemplo a ser seguido do ponto de vista técnico e humano.

Sempre.

Qual minha área de atuação na Ginecologia?

Possuo enfoque em Cirurgia ginecológica de alta complexidade (principalmente Câncer e Endometriose Profunda), também realizando procedimentos mais simples como tratamento de miomas, cistos e prolapsos.

Gosto de cirurgias desafiadoras e complexas. É o que me faz ter vontade de estudar quando chego cansado em casa à noite. É o que me faz ter vontade de ser melhor todos os dias.

Para isso construí uma trajetória acadêmica que me habilitasse nesse sentido, além de contar com o apoio de equipe multidisciplinar de Cirurgião Oncológico, Urologista, Proctologista e Ginecologista.

Colegas que devido a capacidades técnicas, e sintonia de pensamento no cuidado do paciente, eu trouxe para compor a equipe. Além de colegas no trabalho, hoje são no âmbito pessoal também.

Essa sintonia e entrosamento fazem toda diferença em campo cirúrgico e na assistência, especialmente em casos desafiadores.

Outra percepção que só adquiri depois de uma certa idade e observando equipes cirúrgicas e serviços de cirurgia dando certo e errado:

Não adianta eu ter em meu time excelentes jogadores que brigam no vestiário.

Além da parte técnica contam:
confiança, amizade e sintonia de pensamento da equipe. Isso é essencial para a harmonia durante o procedimento cirúrgico.

É num ambiente harmônico que florescem grandes resultados.